Curso de Cozinha

Cadima

Cadima fica situada a este de Cantanhede com cerca de 6 km de sede de concelhia. Pertence à comarca de Cantanhede. Estende-se por uma área de 2566 ha, com 3217 habitantes. É muito conhecida pela paisagem dos olhos da Fervença e pelos seus monumentos capela do santo Amaro, Igreja Matriz e pela sua gastronomia famosa: chanfana e sarrabulho.

Igreja de Nossa Senhora do Ó
É o mais amplo dos templos paroquiais deste concelho de Cantanhede, esta estrutura de fábrica barroca – século XVII e XVIII – terá sucedido, segundo se julgara e com base numa entretanto desaparecida inscrição, a uma anterior edificação, datada de 1181 e de eventual traça romântica.
Dotada de duas altivas e possantes torres sineiras a enquadrar-lhe os respectivos francos da frontaria, esta igreja ostenta uma só nave no seu corpo de planta rectangular alongada, esta porem de assinalável volumetria.
Na frontaria do imóvel o destaque, vai todo para o respectivo pórtico, de lintel arqueado e arquitravado, sobrepujado por um fino lavor escultórico de inspiração vegetalista - á base de estilizados acantos – a delinear espécie de armoriado frontão de remate. No espaço interior do imóvel, existe uma vasta e única nave, de planta rectangular, bem iluminada pelos dois janelões da zona do coro - alto e outras tantas aberturas similares das paredes laterais. O tecto surge apainelado, com pinturas decorativas de inspiração barroca e á base de concheados.

Fonte que tudo sorve ou fonte de Cadima
Aquilégio (1726): No lugar de Cadima, distante duas léguas da Vila de Tentúgal, comarca de Coimbra, há uma fonte ou charco, que tem de altura um palmo de água, a que os da terra chamam Fervenças, a qual sorve tudo quanto nela se lança, ainda que sejão cousas que nela não cabem, e segundo escreve João Vaseo na Crónica de Hespanha, e depois dele o Padre António Vasconcelos, e Duarte Nunez de Leão nas descrições que escreveram de Portugal, já sucedeu que sorveu arvores inteiras, que de propósito se lhe lançaram, para ver se as sorvia, e chegando-lhe uma besta, a ia sorvendo, de maneira, que com grande trabalho tiveram mão nela. (…).

Mas na mesma obra o Dr. Mirandela descreve a Fonte Copiosa: No limite da vila de Cantanhede , comarca de Coimbra, no sítio a que chamam de Fervenças, nascem, pouco distantes uma de outro, dois olhos de água fria, com tal abundância , que cada um faz moer juntos dois engenhos de fazer farinha.(115) (…). Há várias pessoas que contam, que antigamente neste lago a terra sorvia a água, conta-se até que ao fim do dia vinha aí o gado beber, e houve uma vez uma junta de bois com uma carroça, que deram um passo em falso e desapareceram nesse buraco que chupava a água, foi neste local que dizem que isso aconteceu. (…).

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