É este templo dedicado a Santo André e embora se saiba que tem já largas centenas de anos, foi reedificada no séc. XVIII, desaparecendo assim os vestígios da sua maior antiguidade. Era um templo espartano, tendo sido enriquecida em obras levadas a efeito nos finais dos anos 1920 ou início da década seguinte. No portal grava-se a data de 1716, ano em que a nova construção deve ter sido sagrada ou reentrou em funções. A torre, de remate em pirâmide, ergue-se adossada à esquerda da fachada. A porta é de composição singela.
O interior guarda uma regular série de retábulos de talha de bom traçado e execução, já de uma época de transição estilística, certamente do tempo de D. José, além do altar-mor e dos laterais - estes dedicados a Nossa Senhora do Rosário, do lado do Evangelho, e a Santo António, do lado da Epístola -, há ainda mais dois no corpo da igreja dedicados a Nossa Senhora da Conceição, à direita, e a Nossa Senhora de Fátima, à esquerda. Tanto o altar-mor como os laterais são do século XVIII .
Belíssimo é o tecto apainelado e pintado, de magnífico efeito decorativo, assim como o púlpito tem peanha artisticamente enfeitada com largas folhas de acanto, pousando uma volumosa águia sobre um conjunto delas.
Conservam-se no templo azulejos sevilhanos, modelares, certamente pertencentes ao frontal do altar quinhentista, e também diversas esculturas medievais: a de Santo André e de S. Brás (ambas do século XV), a mais interessante das quais é o grupo do Calvário, em alto-relevo (século XV) que se guarda na sacristia- três obras das oficinas de Coimbra -, um Cristo Crucificado, em madeira (séculos XVI-XVII) e uma custódia em prata, de radiação solar (século XVIII).
Casa dos ossos - No adro da Igreja de Cordinhã, adro que, deve ter sido cemitério da freguezia, existe ainda uma pequena casa em ruinas, a que o povo chama - Casa dos Ossos, assim conhecida por certamente, noutros tempos, ter servido para depósito ou arrumação das ossadas que o coveiro fosse trazendo para a superfície da terra, na sua faina de remexer no campo dos mortos! O depósito das ossadas devia ser subterrâneo, visto a velha casinhola nos parece assente sobre as paredes dúm tanque profundo e quadrado, já bastante entulhado e hoje completamente perdido num silveiral. Na verga da porta que as velhas e carcomidas parêdes ainda sustentam, lê-se em letras mal esculpidas na pedra estes dizeres:
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